Boas e más notícias

Tenho boas e más notícias...

As boas primeiro:

 Vou 5 dias de férias para um local espectacular!  Vai ser tão bom passar uns diazinhos fora de casa, com os amigos. Estou tão entusiasmada!!

As más notícias:

Não vou poder levar o meu grande companheiro - computador portátil... Vão ser 5 dias sem qualquer ligação à Internet, por isso o meu blog vai ficar um pouquinho parado...

Bem, mas daqui a poucos dias volto para partilhar tudo o que sinto, neste espacinho.

Desejo-vos uma boa semana  =)
Beijinhos

O Pardal

Hoje, enquanto via televisão no meu sótão, apareceu de repente um pardal que chocou contra a parede. Bem, ele estava mesmo atrapalhado e até me deixou agarra-lo e levá-lo para a rua. Libertei-o no quintal e pouco tempo depois bateu as asas e desapareceu.

Fiquei contente por ele não ter sofrido qualquer dano, pois caso contrário seria difícil tomar conta dele, visto que os pardais não se dão bem em cativeiro.

Mas a questão é:

Como é que ele entrou, se todas as janelas estavam fechadas??

Estranho... ainda estou para descobrir...

Capa amarela

Eu sei que a nossa amiga Primavera já chegou à algum tempo, mas só quando saí para visitar a família que mora perto do campo,(digamos que tenho passado as últimas semanas nos estudos, impossibilitando um passeiozinho fora da cidade) é que constatei a mudança de estação.

Os campos estavam quase como pintados de amarelo devido às azedas - para quem não sabe, são pequenas flores silvestres de cor amarela, que tal como o nome indica, têm um paladar azedo (esta descrição foi um bocado óbvia... hum...).

Fiquei impressionada com algo tão simples e natural, como fico muitas vezes. As pequenas azedas todas juntas, formando uma capa amarela.

Assim, mais uma vez comprovo que é nestes pequenos fenómenos da natureza que se encontra verdadeira beleza das coisas.

Pensamento Sábio...

Talvez, algumas coisas más da minha vida, residam apenas na minha imaginação.

Um pouco positivo

Cheguei à brilhante conclusão que quando começo a pensar um pouco positivo, coisas boas vêm por arrasto. Como se ao meu ínfimo positivismo se colassem mil e uma coisinhas boas, pequenas de facto, mas que se tornam num progresso, visto que até há bem pouco tempo, os meus olhos pareciam inundados por um fundo negro, que agora lentamente se rompe, transparecendo alguma claridade.

Não digo que não possa voltar ao estado de tristeza em breve, mas tê-lo deixado, nem que seja só por uns dias, é deveras uma grande conquista.

(Estes novos e pequenos pensamentos surgiram apenas ontem, mas já notei uma grande diferença nestes dois dias.)

Como uma miragem

Até parece que já não me lembro do que é exactamente descansar.... recordo essa palavra tão antiga, diria mesmo sábia, como uma miragem no meu pensamento. Um oásis de água cristalina e palmeiras que fornecem uma agradável sombra.
Finalmente alcancei o oásis e refresco-me nas suas águas límpidas e quentes, quase com estranheza. Custa-me pensar que não tenho nenhum trabalho ou estudo a fazer, que agora posso relaxar e banhar-me nestas águas da tranquilidade.

Estou deveras grata por deixar, finalmente, o meu pensamento fluir - sem obrigações e restrições. Agora posso ter algum tempo para mim.

Não me apetece

Não me apetece erguer o corpo da cama, despir o pijama e vestir-me (parece que nada no roupeiro é do meu agrado).

Não me apetece sair à rua e admirar a velha cidade.

Não me apetece ter uma conversa com ninguém ou frequentar a as minhas actividades.

Não me apetece despir a roupa e vestir o pijama, ao fim do dia.

Só quero permanecer deitada na cama a ler, ou no sofá em frente à televisão, a comer torradas.

Parece que não tenho qualquer motivação.

É o que acontece quando os nossos objectivos deixam de fazer sentido.

O meu inimigo

Lá estava ele novamente. Persegue-me todos os dias, sem cessar.

Ergo o olhar e vejo-o nitidamente à minha frente. Tão nítido que se torna real. Observa-me com o mesmo olhar intenso e desafiador que eu lhe lanço. Saúdo-o com um leve aceno de cabeça e ele retribuí-me o gesto em simultâneo. Sinto o seu olhar de desafio, igual ao meu, penetrante e confiante, e assim são vestidas as armaduras e desembainhadas as espadas, para a guerra que travamos todos os dias, naquela arena que se foi degradando ao longo dos anos, devido a estas intensas e constantes batalhas.

Erguemos as espadas, a minha velha e enferrujada e a dele, leve e reluzente. Com este sinal a mítica batalha toma início e arena geme, amedrontada. Esta está quase a ceder. Um antigo descampado queimado pelo Sol e consumida pela tempestade, coberto por um manto cinzento.

Todas estas guerras deixaram-me cansada e os meus movimentos tornaram-se mais lentos e fracos, enquanto os dele são ágeis e precisos.

Começa a chover torrencialmente e a terra seca e desgastada, abre-se por baixo dos meus pés. Vacilo e aproveitando a minha distracção, ele empurra-me. Caio naquela terra impenetrável pela chuva e a minha espada foge-me das mãos, afastando-se.

A espada dele ergue-se sobre mim. A qualquer momento seria o fim daquela antiga batalha.

Olho-o mais uma vez e quase me reconheço. A única diferença entre nós é que eu tenho medo e ele apresenta uma expressão rígida e amarga. Afinal, eu sou o meu próprio inimigo. Velho e mítico inimigo.

De repente, vejo uma fusão de luz branca. Será a morte, ou um ínfimo sobrevivente de esperança?

Sabem de que é que estou mesmo a precisar?

Só tenho mesmo tempo para dizer que...

Preciso urgentemente de descansar!!

Ficar a manhã deitada na cama sem pensar  no resto do dia;
a tarde no sofá com umas bolachinhas e chocolate quente;
e por último um passeio nocturno pela cidade.

Nem mesmo os fins-de-semana servem para pôr fim a esta rotina...

Um dia, este trabalho excessivo ainda me levará à loucura...